sexta-feira, 30 de maio de 2008

Deus


Tentando entender os princípios da vida
Tentando entender a mim mesmo
Eu criei o mundo para ser a imagem de mim mesmo, da minha mente

Todos estes conceitos, todas estas duvidas e esperanças
ao redor
Eu tomei para fora para formar uma nova raça
Um novo jeito de ser
E agora eu sou uma multidão, tão grande

Tão extenso quanto eu já fosse
Ainda, ao mesmo tempo
Tão pequeno e mais vulnerável

Eles todos carregam pedaços da totalidade
Juntos eles se transformam em mim
Eu
vejo eles agirem, desenvolverem
Eu vejo eles pegarem diferentes caminhos
Tanto onde eles pensam variadamente
Crentes dos diferentes caminhos, e diferentes deuses

Eu penso que eles vão me ensinar alguma coisa

-Trecho da Musica Deus Nova de um grupo chamado Pain of salvation

Notas de um Ninguém assim como eu.

Do Real

O consumo hoje é uma das grandes marcas do neoliberalismo capitalista e também um dos grandes denunciadores de uma grande doença da cultura pós moderna que é a perversão do próprio sistema significada como a cultura do vazio. É interessante entender a dinâmica social humana como uma dinâmica perversa, pois a mesma se apodera da marca da lei e horizontaliza os padrões de relação, então pode-se dizer que vive-se um mundo regido pela bandeira do prazer, mundo esse que evidencia a efemeridade das coisas tão quanto das pessoas que nele habitam e coabitam suas necessidades.

Na ausência de uma base sólida as reações orientadas ao vinculo perdem o sentido e conseqüentemente a estrutura orientada pela lei poe-se ao chão. Na falta de um prol comum tornam-se possíveis os indivíduos universais e particulares orientados para si e regidos pela moral do entretenimento e se tudo pode, se todos podem ser qualquer coisa, se não existe um unidade fundada como pilar, então a nova lei se instala como não lei e neste pondo o grande “gozo” é parecer que é, já que a nada é permitido ser por tempo suficiente para funda o princípio ou lei moral.

Encontra-se ai um mundo perverso que em sua nova versão da realidade veste a bandeira do neoliberalismo introduzido com a grande lei fálica, lei essa pautada na transitoriedade do gozo, então não cabe mais ao indivíduo a busca pelo prazer, pois em sua inalcançável busca pela satisfação, acaba gozando sempre a própria estrutura perversa na cultura que se ergue a partir do vazio e neste ponto os vínculos se desfazem, as relações passam a se dar de maneira clientelista. O grande bem do consumo é o outro, outro este que se ordena imaginariamente sendo desprovido de forma e motivo, amorfo, resultado de uma ferida narcísica aberta em cada indivíduo universal e singular pelo vazio simbólico de um Grande-Outro.

Consumimos a tudo e a todos buscando suprir uma falta em que não nos é permitida

a dor, ou seja, “o poeta finge que sente, a dor que de veras sente”, mas esta dor não é estrutura no sujeito que luta em busca de um substituto para sua falta. A grande lei do consumo se baseia então num sintoma, ou melhor dizendo, o consumo é o grande sintoma da nossa cultura alucinada e esse desejo de consumo é a nós ordenado como um remédio para esta ferida que nos coloca a mercê de uma macroestrutura pela qual tomamos para nós as dores de um mundo “dodói”

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Do seu amigo imaginário!

Então deveria eu inaugurar este espaço com uma frase que julgo ser de bastante importância para a minha construção como Bloggeiro, individuo orientado vergonhosamente para dentro, motivado pura e simplesmente pela vontade de ter um amigo imaginário, um desses tipos que se pode espernear idéias, desenhar sentimentos ou mesmo pedir encarecidamente que escute Besteirol!..
“Meus pensamentos voam e minhas palavras, bem, digamos que elas rastejam por ai”
Escrever para quem?
Com que finalidade?
Na realidade escrever é um saco!.
Curiosamente me senti seduzido pela idéia de ter um amigo imaginário que inicialmente batizei como “papel” e ai pensei, que bom eu posso conversar com o papel as minhas desventuras e enrascadas pelas idéias, então pensei eu poderia colocar isso na rede para que as outras pessoas vejam, bem então eu poderia ser o amigo virtual de alguém, que assim como eu brinca de chamar o papel de amigo imaginário ou coisa parecida.
A grande verdade é que não me é necessário ou mesmo cabível colocar-me em posição de julgamento de meus próprios atos, sendo eles irrelevantes na construção desta reflexão, que no cair das suas águas não passa de uma ladainha retórica baseada na minha inexperiência com as palavras, palavras estas que me fogem ao léxico quando me perco em minhas analises “antropometapsicoleigas” das coisas banais.
-Então para que diabos um Blog?
-Então diabos para que um Blog?
-Então diabos para que a pergunta?