Do sem luz
Do mestre à cruz
Do que trás a fome
Do que nos mata, a fonte
Do desejo alheio
Que torna o bem, falácia
Do sem pele
De alguém
De ninguém que seja
Do que a fome diz
Que diga algo
Que traga ao trono
Que seja dono o fiel vassalo
Que seja o mesmo
Que seja o outro
Que seja aquilo que diz o morto
Que seja o nada
Que seja a fonte
Que traga o vinho
Que faça a ponte
Que seja ela
O mestre algoz
Que seja feita
A vossa voz
Que seja o pranto
A lei e o canto
Que seja minha
Apenas minha