quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Da liberdade

Hoje eu gostaria de falar sobre liberdade, eu sempre me pergunto o que é liberdade, sempre questiono à luz de uma teoria estranha e cética a respeito da liberdade dos outros. Minha liberdade eu não questiono, prefiro acreditar que não a tenho, ou mesmo que a tenho, essa é a minha visão.
O que seria liberdade se não espírito? O que seria libertar se não espírito? Será que alguém para e pensa em liberdade como um ato de amor? Será que esse ato de amor liberta?
Certezas libertam, dúvidas amarram, certezas amarram enquanto dúvidas libertam, essa é a dinâmica do ser, do existir em liberdade, quanto mais se faz em liberdade, mais se perde em pessoa e toda vez que se liberta, perde-se um pouco de sí. De fato é um ato de amor, libertar é ceder ao fracasso, talvez ceder o ao completo testemunho de uma incoerência, deixar partir aquilo que se mais preza.
Me causa estranheza o fato de nós, meros pedaços de carne malfazejos, não nos darmos bem com a liberdade, é nosso, é o nosso corpo que clamo pela integridade, pela posse. Questiono se não são sábios aqueles que mantém os cativos, mas me reprimo ao ver que são eles os libertos, pois são os cativos que por sí são amarras de seu senhor, quem seria então senhor sem servo? Quem seria liberto sem clausura? Seriam todos talvez, libertos, alforriados de se perceber em liberdade, acreditados de que, ser livre é andar e viver, mal sabem eles, que liberdade os aguarda.

5 comentários:

  1. ja havia comentado mais cedo, mas acho q n saiu...repito:
    no pedra de marmore à uma frase que fala do quão perigoso é o conhecimento, seria a liberdade também um perigo?

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  2. Acho que seria perigoso viver a liberdade sem conhecimento ;)
    E mais perigoso ainda, temer viver a experiência de adquirir conhecimento através da liberdade.

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  3. Una vez um passarinho me disse que só descobriu que era livre quando foi mandado pra prisão. E sõ então, preso, pode saber o que liberdade queria dizer.

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  4. Acredito que nós clamamos por liberdade, mas a partir do momento em que a possuímos, não sabemos o que fazer com ela... Somos escravos de nossa própria neurose!

    Beijocas, Anna.

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