quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Este Blog Não será mais atualizado...

Pessoal quem leu, ou quem deixou de ler esse blog, agradeço por terem pelo menos perdido seu tempo!
Não mais atualizarei esse blog e provavelmente ele será apagado pelo tempo. Este que foi meu lugar de ninguém não mais me pertence.

Obrigado a todos, bem aos poucos que acreditaram!.
Até breve!

Fim de Blog

Toda aquela bagunça tinha deixado todo mundo muito agoniado, euforia, agonia, enganos e mais enganos daqueles que se julgavam  amantes, mal sabiam eles que tudo já era escrito, e seus destinos já haviam sido selados. Deles não restava mais nada além de um sentimento denso, quase sólido de nostalgia, de tempo que, talvez fossem eles apaixonados por algo, mas nunca por eles mesmos. Os olhos brilhavam em sintonia, a mesma sintonia que um dia unira aquelas almas, mero engano pensavam os dois. Nos olhos daquela que derramava lágrimas sinceras de um pesar doido, cada gota confirmava a certeza que jazia no fundo daquelas palavras que não haviam sido ditas. Era a outro que ela amava, era sincero aquele desejo, e mais sincera aquela dor, ele viu com seus olhos que já não se erguiam por motivos que não sabia explicar, já não a amava mais, já não a odiava mais, apenas sabia que ela amava alguém e isso o contentava, mais do que se de fato estivesse ela a ser sua. Em espasmos de consciência pensava ele ter cometido o mais vil dos pecados. Havia ele marcado  um amor verdadeiro com suas mãos imundas? Não, não era isso. Liberdade talvez ele pensou, para todos, para aquele que acreditava viver um amor e que apenas vendo cada lágrima naquele rosto desfigurado pode perceber o que de fato era o amor verdadeiro.

Saúdo a todos que conseguiram mesmo que as custas de muita dor, conseguir um amor verdadeiro! São eles aqueles que viverão a plena beleza!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Lembrete...

Por favor, me lembrem de não mexer mais com a subjetividade de alguém sem antes arrumar a minha...
Quem mexe com clínica sabe a merda que é!
A todos estes, peço desculpas!
E se puderem, me perdoar, não o façam!
Eu de fato não mereço...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Traços...

Em fim a glória,
daqueles que nunca foram,
nem querem ir mais longe.
Mais longe do que nunca gostariam,
mais longe de onde nunca poderam,
nunca temeram chegar.
Eles temem, são eles meus,
são deles nossos, e dos nossos...
Findam. . .

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Da liberdade

Hoje eu gostaria de falar sobre liberdade, eu sempre me pergunto o que é liberdade, sempre questiono à luz de uma teoria estranha e cética a respeito da liberdade dos outros. Minha liberdade eu não questiono, prefiro acreditar que não a tenho, ou mesmo que a tenho, essa é a minha visão.
O que seria liberdade se não espírito? O que seria libertar se não espírito? Será que alguém para e pensa em liberdade como um ato de amor? Será que esse ato de amor liberta?
Certezas libertam, dúvidas amarram, certezas amarram enquanto dúvidas libertam, essa é a dinâmica do ser, do existir em liberdade, quanto mais se faz em liberdade, mais se perde em pessoa e toda vez que se liberta, perde-se um pouco de sí. De fato é um ato de amor, libertar é ceder ao fracasso, talvez ceder o ao completo testemunho de uma incoerência, deixar partir aquilo que se mais preza.
Me causa estranheza o fato de nós, meros pedaços de carne malfazejos, não nos darmos bem com a liberdade, é nosso, é o nosso corpo que clamo pela integridade, pela posse. Questiono se não são sábios aqueles que mantém os cativos, mas me reprimo ao ver que são eles os libertos, pois são os cativos que por sí são amarras de seu senhor, quem seria então senhor sem servo? Quem seria liberto sem clausura? Seriam todos talvez, libertos, alforriados de se perceber em liberdade, acreditados de que, ser livre é andar e viver, mal sabem eles, que liberdade os aguarda.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Uma bobagem, alguns erros e três verdades

Há uma máxima que aprendi quando era mais jovem, uma frase que minha me dizia, eventualmente meu pai também repetia. Naquela época eu não fazia muito bem as famosas lógicas reversas, mas eu sempre achei aquilo importante. " A Única certeza dessa vida é a morte... o resto são só problemas." realmente faz muito sentido, mas infelizmente essa única certeza foi desfeita quando a tal dá lógica reversa começou a fazer efeito em minha mente, maldita lógica, quando ela te pega é como resfriado, derruba mesmo. Minha única certeza se tornaram várias, essas varias se tornaram dúvidas, até que um grande amigo meu, um comercial de TV muito gente boa, me mostrou a segunda máxima de minha vidinha curta, ele disse com propriedade, voz firme, quase rouca de locutor( camarada amigável aquele comercial): "A única certeza é a dúvida... é a duvida que move a humanidade". Então eu parei e pensei, é hora de refazer, tinha dúvidas o suficiente para saber que aquilo, e isso não invalida vovó era, verdade. Eu realmente tinha mais dúvidas que certezas e isso me provocava tremeliques já que eu adoro dúvidas, mais ainda a humanidade adora dúvidas, desde uma simples "que horas são" aos segredos do universo e tudo mais, adoramos dúvidas. 
Eu, muito chocado com aquela revelação e mais alguns reais mais pobre pois, aquele meu camarada, o comercial ( lembram dele?) acabou me vendendo um pacote de estudos, que diga-se de passagem me custou bastante caro. Esse pacote também era um rapaz bem legal, mas infelizmente foi ele que me explicou a minha terceira e ultima máxima da minha vidinha curta. Ele me explicou, e dessa vez não foi tão gentil como na época que o conheci, que existe mais uma grande verdade universal, e não é, como diz Douglas Adams, meu gosto peculiar a respeito de relógios digitais. 
Ele me disse com as seguintes palavras: "Ei garoto, você sabe da morte e da dúvida, mas vou te dizer mais uma coisa, e essa eu vou cobrar... A única certeza na vida, é a dívida!". Bom sobre essa terceira verdade, eu não tive muito tempo pra pensar sobre, afinal de contas to trabalhando que nem um louco pra pagar meu amigo, que por sinal não era tão amigo assim, ou talvez fosse já que ele me avisou, talvez o senhor comercial e que seja um cara sacana, mas eu não tenho tempo pra pensar sobre isso, tenho que voltar pro trabalho.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Para quem janela for

Ele olhava aquela janela, era bela aquela janela, toda ela e aquela janela. Imaginava quais seriam os sonhos daquela janela, imaginava como seria essa vida na janela, os livros, bons e velhos livros, lhe mostravam quanto de mundo existia além daquela janela, era ela, aquela janela que o motivava.

Janela alegre, aberta, virada pra para o sol nascente, era quente, iluminada e se chovia era triste, desconsolada, era aquela janela que ele sempre via. Havia alguém nessa janela, alguém se olhava com tristeza para fora, alguém que não era ela, alguém que queria demais aquela janela, era triste ver aquela, quem um dia fora uma janela bela, sempre aberta para contemplar, havia se tornado um depositário de esperanças de ninguém, e ele pensava, era apenas uma janela, assim como livros são livros, mas em exclamação a um certo Deus, pessoas, essas são maiores que janelas, pessoas não passam por janelas, elas constroem janelas.

A sombra na janela negou, pulou a janela, ele, ainda surpreso, não olhou, não queria saber se a sombra havia virado sol, procurou nos livros, e a resposta, ela não estava lá, levantou-se e olhou aquela que era a tão contemplada janela, era bela, era completamente extasiante, mas era apenas uma janela. Olhando mais a frente, a sombra, ainda sombra, zanzava pelos campos, belos campos, além daquela janela triste, feia e pequena, vista de fora, aquela janela é uma prisão, de um quarto abafado cheio de livros e tensão, era de fato um lugar deplorável, era sombra tudo aquilo que ali repousava, mas a sombra, aquela que pulou a janela, ela não negava, não como negou a janela, continuava sombra e tentava construir sua janela, talvez, ele pensou, a sombra tenha percebido que não se pode viver sem as janelas, seria presunção demais um mundo sem janelas.

Sonhos de épocas

Saudade,

O sonho

Sei não,

Que nega

Metade,

Que arde

Talvez,

Que gela

Sorriso,

Que reza

Que zela.

Não mais

Sentido,

Que prega

Ainda,

Não mais

Se ela,

Que ama

Não vai,

Ainda

Se ela,

Que chora

Não trai,

Não Mais

Se ele Se vai,

Que olha

E ela, se esvai,

Por outros

Se nossa,

Que meios

Ainda,

Não faz

que seja,

Que fruto

Bem vinda,

Carece

Do olho,

Que ainda,

Que prende,

Que volta,

Que Toca

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Vento demais!

Um dia perguntei a uma nuvem,
o que tanto ela fazia.
Ela se arrastava lenta,
como quem sem destino,
como quem não tem.

Sua sombra pesada, arrastada pelo chão,
um passo lento, de pesar, de solidão.
Ao sabor do vento, é vento demais!
Evento grande demais o tal de céu...

Ela me disse, ela chorou,
beijou minha testa, ela chorou,
molhei-me em seu pranto, ela seguiu,
limpei com a mão o seu encanto,
e o frio, tremi.
É vento demais!

Lógica

Sou eu quem me faço em cores
Das cores eu só faço amores
Se amores, eu me corto em dores
Das dores eu me faço assim

Sou eu quem me faço a calma
Da calma eu me faço forte
Se forte eu me faço em sorte
Da sorte eu me abraço, vivo

Sou eu quem me faço a salva
Da salva que se fazem flechas
Das flechas que me fazem cortes
Dos cortes que me faço inteiro

Sou eu quem me traz a lua
Da lua é que se fazem beijos
Se beijos que me fazem teus
Sou eu quem me faço em cores...


sexta-feira, 31 de julho de 2009

Expressão

Eu costumo me questionar, apesar de realmente não gostar de debater a política, sobre todas as coisas que vêm acontecendo principalmente no cenário político, brasileiro. Realmente não me interesso por politicagem gringa e se quiserem me chamar alienado, sou grato pela lembrança.
Uma coisa é de se pensar sobre tal questão, estamos vivendo uma período político conturbado, marcado por uma formação governista medíocre, e de uma esquerda de virilidade questionável. Observamos toda a dinâmica, todas as familiares falcatruas, corrupções, desentendimentos, e palhaçadas públicas, penso que isso sempre existiu, sempre irá existir e de fato é necessário e gostaria realmente que esse fosse o grande problema da gestão pública em nosso pais, pois de fato esse constitui-se como o menor deles. A parte receitas milionarias de um pais de dimensões continentais, que diga-se de passagem arranca de seus contribuintes uma fatia farta e sorridente de seu honrado suor, convivemos com uma politica assistencialista débil e uma cultura massificada da contravenção.
Nossa política é necessariamente produto de nossa própria concepção de estado, que diga-se de passagem não existe a talvez uns 40 anos, talvez tenha morrido junto com a bala que talvez tenha sido a figura marco na representação de um estado forte. A própria evolução da noção de estado, construída sob as bases neoliberalistas, formalizou a noção de um estado mínimo, agregada ao regimento de que, deve-se contemplar a população por sua noção de identidade e liberdade de escolha. Bem, até ai nada de mais, mas como podemos observar mesmo sem muita pespicacia, uma grande virada de mesa aconteceu recentemente no cenário político nacional, sabe-se lá como, a lógica neoliberalista, construiu-se como uma quimera, onde o valor da livre estada do cidadão metarmorfoseou numa noção deturpada que se apropria das mais toscas idéias acerca do corporativismo e sindicalismo, adiciona-se ai uma pitada de ausência de políticos fortes, temos exatamente a motivação nacional, baderna.
O que se poderia imaginar sobre um povo que, aparte aos próprios direitos, declama manifestações pura e simplesmente por deboche, pois é isso que de fato acontece, estou exatamente reduzindo a perspectiva para o lugar onde vivo, que ultimamente vem sendo agraciado de inúmeras fanfarras sindicalistas e corporativistas das mais variadas estirpes, motivados provavelmente pela coleção outono inverno, estão provocando o caos, sob a bandeira da defesa dos direitos trabalhistas na maioria dos casos dentro da ilegalidade. Não existe controle, já que cabe ao governo intervir, tanto de maneira administrativa como coercitiva, mas não podemos deixar de lembrar que não existe um governo, e também não se pode perder de vista o corporativismo, logo ocorrem movimentos, pois o governo não exerce função, que não são coibidos pois os poderes, corporativistas diga-se de passagem, regem a seus próprios interesses, sendo eles prejudicados tanto pela falta de atitude do governo como pela descrença da população, então tudo deixa de funcionar, pois se pensarmos em uma visão mais sistêmica, é assim mesmo.

Da necessidade do ser

Falo da necessidade do ser, ou de ser, é alo da forma que se faz iluminar quando nos é dado o favor de não sentir. Talvez escreva aqui sobre coisas sem sentido talvez até para mim mesmo, mas é justa essa necessidade, que não se pode negar, que não nos deixa devanear. Essa ansiedade, essa angustia, essa sede de servir a um propósito, seja ele qual foi, seja para quem for, seja apenas.
Eu me pergunto agora sobre esse tempo que espero passar, meio lento, enquanto escrevo essas palavras, não consigo de fato pensar de maneira sóbria, não consigo, e isso me é um pouco estranho, articular minhas ideias, que como já falei em outras, são tantas quantos eus eu puder criar. Algo me está cortando, algo que talvez eu não queira questionar, algo que me força a caminhar, mesmo que ainda me faltem pernas, mesmo que ainda me falte esperança, eu tenho esperança. Essa, quem sabe essa valsa, que é vida, comprime toda essa minha existência, num alucinado vácuo, ausência de ar, ausência de sabe-se lá o quê, apenas comprime, me distorce, me contorce, me mostra quem realmente sou, ou pelo menos quem deveria ser. Certo em minhas não tão não familiares dúvidas, estou necessariamente cobrindo a mim mesmo em determinâncias.
Nada de tempo pra pensar, como no compasso de uma peça, a cada barra, uma nova nota, a cada nota uma nova frase, a cada frase uma nova melodia, é frenético, é intenso, para mim é assustador.
A duvida, ela me conforta, não existe fim na duvida, é uma verdade universal, é um meio, é um lugar de ninguém para gente como eu, ninguém, é o lugar de comunhão onde nada, e afirmo com propriedade, onde nada, é seu ou de ninguém.
Mas me cabe a necessidade de existir, essa dúvida, que por tantas vezes me salvou da repulsa da humanidade, agora se faz tocada por uma urgência de ser, de existir, e eu me mostro pelos olhos vermelhos e cansados, olhos de quem não quer, e de fato não deve parar para pensar, pois esta vida de existência, é por demais assustadora.
Minha vida, nunca foi de amores, talvez nunca venha a ser, pois sou, um ser do nada. Luto para viver de escolhas, luto para viver de amores, luto para viver, mas no momento, estou apenas tentando existir.

terça-feira, 28 de julho de 2009

In-verso

As mãos cansadas tremem,

O corpo pede calma, a alma perde tempo,

A quem devemos reprovar,

A mente enferma, ainda inquieta,

Divaga num vasto eco disforme,

Inda que se atenha a uma dor enorme,

A voz calada, some,

Grito que irrompe vazio,

Calado, surdo, cansado,

Em que se deve confiar,

Se a mente fraca, é a voz calada,

As mãos tremulas já não questionam mais,

O tempo pede alma, e o corpo ainda perde a calma,

A voz inda calada contenta,

Divaga no verso, reverso, inverso

Inda que me atenha a uma dor tão branda,

Inda que me atenha a uma dor

Inda que me atenha a algo.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Uma trasferência

Certa vez uma colega me perguntou sobre a importância da transferência no processo de análise. Ela me questionava no sentido de que, segundo seu entendimento, a transferência deveria ser um fator dificultador do processo de análise, eu no momento, atordoado por razões que não me vêm a memória no memento disse, sem muitas explicações que o fenômeno da transferência é sim uma das condições sem a qual não pode existir a clinica em psicanálise.
Tenho isso como opinião própria, entretanto julgo valido tentar compartilhar com que seja interessado no assunto.
O fenômeno da transferência no processo analítico é, e digo com propriedade, a ferramenta pela qual se constrói a clinica. Para o entendimento deve-se pensar que, existe transferência em tudo, desde a interação entre analista e analisante até uma simples olhada desgostosa para uma poltrona velha largada no fundo da sala de estar. Fenômeno que foi chamado primeiramente por Freud, sendo amor transferencial pelo analista, se inscreve em cada relação onde necessariamente estará presento o sujeito.
A relação que liga o sujeito a um outro, engendra um percurso em que, há ai, uma relação discursiva entre um falante e um ouvinte, (lembrando que linguagem perpassa a simples expressão verbal da palavra) pois o laço que se forma em cada discurso compreende a noção de um movimento em sentido a um outro que é falante de si, e falado por seu semelhante. Essa ligação torna possível aquela velha coisinha que todos nós tempos e as mães fazem questão de vangloriar, a intuição.
Esta intuição, que prevê os acontecimentos, ao meu ver, é a expressão de que no laço transferencial existe esta tomada da fala do outro, que por talvez ironia, gera tal discurso a partir de uma instância que dentro de uma inabilidade do simbólico, agrega tal discurso ao valor de imagem.
Falando de imagem, me recordo sobre a grande sacada da clinica em psicanálise, primariamente pensado por Freud, se aprimorou em sua palavra através da leitura de Lacan. Esta, que é talvez agrande mãe da clinica psicanalítica, se deriva do conceito primário do amor transferencial, a ponto de se entender que, é necessário uma pequeno engano para que o discurso analítico aconteça. O que se chama suposto, é aquele que, como o próprio amor Lacaniano, é aquele que não é, não que isso seja uma injustiça ou uma malandragem, pois se constrói, e isso pode ser notado em todas as relações da vida cotidiana, a partir de uma demanda, esse engano se constrói a partir da relação imaginaria do discurso, que tende sempre a buscar um outro, na clinica esse outro, digamos que ele não faça questão de existir.
Se falarmos em discurso, o discurso do analista segundo a lógica Lacaniana, coloca o analista em uma posição em que a ele é suposto um saber, o saber do analista diga-se de passagem, é justamente o que de fato ele não é, pois este saber apenas lhe é conferido pela demanda do sujeito analisante, uma demanda imaginária, ou pode-se dizer a histerização do discurso. Então existe e é de fundamental importância que a transferência se instale em um processo analítico, pois o discurso histérico se dirige um mestre, imaginário que deve ser soberano, mas que não governe. Este contorno que ultrapassa os limites da relação analista analisante e dá forma ao que chamamos de fenômeno da associação livre, e sem a transferência acontecendo creio isso seria de fato impossível retirar a cura através da palavra.
Acredito que outras abordagens entendam que o terapeuta deve se colocar com um colaborador do processo terapêutico, e concordo até certo ponto que isso venha a desenvolver uma cura, mas devo relembras que, ao contrário do que rezam as críticas, a imparcialidade, do analista é uma ferramente que, efetivamente tem como objetivo livrar a condição de saber, pois seria no mínimo um erro não aceitar o fato de que existe um desejo na relação analista, analisante, que não é de ninguém por direito, essa fala que se perderia, carrega toda uma rede de significantes que, só poderiam ser desvendados através do discurso, que curiosamente só se constroi quando o sujeito, supõe um saber imaginário. Este supor quebra, aquilo que chamamos de repetição, trazendo os movimentos não percebidos do discurso, a uma ordem passivel de significação, pois é da ordem do simbólico que surge a cura.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Atualização

Nem sempre as coisas acontecem do jeito que agente planeja, nem sempre a vida obedece aquele padrão sublime que nos ensinam todo santo dia. Viver essa vida cheia de contradições é no mínimo uma tarefa difícil, para mim, talvez um pouco mais, afinal de contas, como bom ninguém eu tenho não existir!
As infames teorias, as infames terias da psicologia de toda uma vida, ou mesmo aquelas aprisionadas nos livros, são uma confraternização de ideias ridículas, articuladas, muito bem diga-se de passagem para manter nós, as ovelhas, sempre atentas ao mundo, que por ironia continua a mesma coisa, que não seja por seus movimentos cósmicos.
Eu também quero fazer movimentos cósmicos! Depois de uma recentes acontecimentos "da vida" e de muita vontade de realmente entrar na ninguemdade, resolvi tentar fazer meus próprios movimentos cósmicos. Péssima idéia!
E eu fico me imaginando, se a nossa querida terra gira, em torno de si mesma, ela gira em busca de quê? Sua amiga lua que rodeia sem descanso tentando acalmar sua lamuria? O sol seu amado ponto de vida? o que será que promove esse movimento cósmico?
Essa resposta me foi dada por uma nuvem que passava sobre um ponto de ônibus qualquer, ela passou vagarosa e tristonha levada sem direção enquanto sua sombra rastejava pelo solo rachado de asfalto. Ela me disse sem palavras quando as primeiras gotas começaram a cair e derramar em meus óculos, ela sabia que eu lhe perguntava com todas as minhas forças e derramando suas lágrimas me contou o quanto é solitário velejar sem destino, observando sua amada terra de longe, apenas podendo lhe tocas com suas lágrimas. Sua sombra de pesar se arrastava, era uma lembrança, talvez uma esperança. Mas ela me disse, era inveja! Inveja daquelas que um dia beijaram as imponentes montanhas desse mundo!.
Com uma leve brisa fresca ele seguiu o caminho dela, e eu o meu, meu Deus, quanta semelhança!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Deus le Voult!

Do sem luz
Do mestre à cruz
Do que trás a fome
Do que nos mata, a fonte
Do desejo alheio
Que torna o bem, falácia
 
Do sem pele
De alguém
De ninguém que seja
Do que a fome diz
 
Que diga algo
Que traga ao trono
Que seja dono o fiel vassalo
Que seja o mesmo
Que seja o outro
Que seja aquilo que diz o morto
 
Que seja o nada
Que seja a fonte
Que traga o vinho
Que faça a ponte
 
Que seja ela
O mestre algoz
Que seja feita
A vossa voz
Que seja o pranto
A lei e o canto
Que seja minha
Apenas minha