quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Este Blog Não será mais atualizado...
Não mais atualizarei esse blog e provavelmente ele será apagado pelo tempo. Este que foi meu lugar de ninguém não mais me pertence.
Obrigado a todos, bem aos poucos que acreditaram!.
Até breve!
Fim de Blog
Saúdo a todos que conseguiram mesmo que as custas de muita dor, conseguir um amor verdadeiro! São eles aqueles que viverão a plena beleza!
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Lembrete...
Quem mexe com clínica sabe a merda que é!
A todos estes, peço desculpas!
E se puderem, me perdoar, não o façam!
Eu de fato não mereço...
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Traços...
daqueles que nunca foram,
nem querem ir mais longe.
Mais longe do que nunca gostariam,
mais longe de onde nunca poderam,
nunca temeram chegar.
Eles temem, são eles meus,
são deles nossos, e dos nossos...
Findam. . .
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Da liberdade
O que seria liberdade se não espírito? O que seria libertar se não espírito? Será que alguém para e pensa em liberdade como um ato de amor? Será que esse ato de amor liberta?
Certezas libertam, dúvidas amarram, certezas amarram enquanto dúvidas libertam, essa é a dinâmica do ser, do existir em liberdade, quanto mais se faz em liberdade, mais se perde em pessoa e toda vez que se liberta, perde-se um pouco de sí. De fato é um ato de amor, libertar é ceder ao fracasso, talvez ceder o ao completo testemunho de uma incoerência, deixar partir aquilo que se mais preza.
Me causa estranheza o fato de nós, meros pedaços de carne malfazejos, não nos darmos bem com a liberdade, é nosso, é o nosso corpo que clamo pela integridade, pela posse. Questiono se não são sábios aqueles que mantém os cativos, mas me reprimo ao ver que são eles os libertos, pois são os cativos que por sí são amarras de seu senhor, quem seria então senhor sem servo? Quem seria liberto sem clausura? Seriam todos talvez, libertos, alforriados de se perceber em liberdade, acreditados de que, ser livre é andar e viver, mal sabem eles, que liberdade os aguarda.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Uma bobagem, alguns erros e três verdades
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Para quem janela for
Ele olhava aquela janela, era bela aquela janela, toda ela e aquela janela. Imaginava quais seriam os sonhos daquela janela, imaginava como seria essa vida na janela, os livros, bons e velhos livros, lhe mostravam quanto de mundo existia além daquela janela, era ela, aquela janela que o motivava.
Janela alegre, aberta, virada pra para o sol nascente, era quente, iluminada e se chovia era triste, desconsolada, era aquela janela que ele sempre via. Havia alguém nessa janela, alguém se olhava com tristeza para fora, alguém que não era ela, alguém que queria demais aquela janela, era triste ver aquela, quem um dia fora uma janela bela, sempre aberta para contemplar, havia se tornado um depositário de esperanças de ninguém, e ele pensava, era apenas uma janela, assim como livros são livros, mas em exclamação a um certo Deus, pessoas, essas são maiores que janelas, pessoas não passam por janelas, elas constroem janelas.
A sombra na janela negou, pulou a janela, ele, ainda surpreso, não olhou, não queria saber se a sombra havia virado sol, procurou nos livros, e a resposta, ela não estava lá, levantou-se e olhou aquela que era a tão contemplada janela, era bela, era completamente extasiante, mas era apenas uma janela. Olhando mais a frente, a sombra, ainda sombra, zanzava pelos campos, belos campos, além daquela janela triste, feia e pequena, vista de fora, aquela janela é uma prisão, de um quarto abafado cheio de livros e tensão, era de fato um lugar deplorável, era sombra tudo aquilo que ali repousava, mas a sombra, aquela que pulou a janela, ela não negava, não como negou a janela, continuava sombra e tentava construir sua janela, talvez, ele pensou, a sombra tenha percebido que não se pode viver sem as janelas, seria presunção demais um mundo sem janelas.
Sonhos de épocas
Saudade,
O sonho
Sei não,
Que nega
Metade,
Que arde
Talvez,
Que gela
Sorriso,
Que reza
Que zela.
Não mais
Sentido,
Que prega
Ainda,
Não mais
Se ela,
Que ama
Não vai,
Ainda
Se ela,
Que chora
Não trai,
Não Mais
Se ele Se vai,
Que olha
E ela, se esvai,
Por outros
Se nossa,
Que meios
Ainda,
Não faz
que seja,
Que fruto
Bem vinda,
Carece
Do olho,
Que ainda,
Que prende,
Que volta,
Que Toca
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Vento demais!
Lógica
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Expressão
Uma coisa é de se pensar sobre tal questão, estamos vivendo uma período político conturbado, marcado por uma formação governista medíocre, e de uma esquerda de virilidade questionável. Observamos toda a dinâmica, todas as familiares falcatruas, corrupções, desentendimentos, e palhaçadas públicas, penso que isso sempre existiu, sempre irá existir e de fato é necessário e gostaria realmente que esse fosse o grande problema da gestão pública em nosso pais, pois de fato esse constitui-se como o menor deles. A parte receitas milionarias de um pais de dimensões continentais, que diga-se de passagem arranca de seus contribuintes uma fatia farta e sorridente de seu honrado suor, convivemos com uma politica assistencialista débil e uma cultura massificada da contravenção.
Nossa política é necessariamente produto de nossa própria concepção de estado, que diga-se de passagem não existe a talvez uns 40 anos, talvez tenha morrido junto com a bala que talvez tenha sido a figura marco na representação de um estado forte. A própria evolução da noção de estado, construída sob as bases neoliberalistas, formalizou a noção de um estado mínimo, agregada ao regimento de que, deve-se contemplar a população por sua noção de identidade e liberdade de escolha. Bem, até ai nada de mais, mas como podemos observar mesmo sem muita pespicacia, uma grande virada de mesa aconteceu recentemente no cenário político nacional, sabe-se lá como, a lógica neoliberalista, construiu-se como uma quimera, onde o valor da livre estada do cidadão metarmorfoseou numa noção deturpada que se apropria das mais toscas idéias acerca do corporativismo e sindicalismo, adiciona-se ai uma pitada de ausência de políticos fortes, temos exatamente a motivação nacional, baderna.
O que se poderia imaginar sobre um povo que, aparte aos próprios direitos, declama manifestações pura e simplesmente por deboche, pois é isso que de fato acontece, estou exatamente reduzindo a perspectiva para o lugar onde vivo, que ultimamente vem sendo agraciado de inúmeras fanfarras sindicalistas e corporativistas das mais variadas estirpes, motivados provavelmente pela coleção outono inverno, estão provocando o caos, sob a bandeira da defesa dos direitos trabalhistas na maioria dos casos dentro da ilegalidade. Não existe controle, já que cabe ao governo intervir, tanto de maneira administrativa como coercitiva, mas não podemos deixar de lembrar que não existe um governo, e também não se pode perder de vista o corporativismo, logo ocorrem movimentos, pois o governo não exerce função, que não são coibidos pois os poderes, corporativistas diga-se de passagem, regem a seus próprios interesses, sendo eles prejudicados tanto pela falta de atitude do governo como pela descrença da população, então tudo deixa de funcionar, pois se pensarmos em uma visão mais sistêmica, é assim mesmo.
Da necessidade do ser
Eu me pergunto agora sobre esse tempo que espero passar, meio lento, enquanto escrevo essas palavras, não consigo de fato pensar de maneira sóbria, não consigo, e isso me é um pouco estranho, articular minhas ideias, que como já falei em outras, são tantas quantos eus eu puder criar. Algo me está cortando, algo que talvez eu não queira questionar, algo que me força a caminhar, mesmo que ainda me faltem pernas, mesmo que ainda me falte esperança, eu tenho esperança. Essa, quem sabe essa valsa, que é vida, comprime toda essa minha existência, num alucinado vácuo, ausência de ar, ausência de sabe-se lá o quê, apenas comprime, me distorce, me contorce, me mostra quem realmente sou, ou pelo menos quem deveria ser. Certo em minhas não tão não familiares dúvidas, estou necessariamente cobrindo a mim mesmo em determinâncias.
Nada de tempo pra pensar, como no compasso de uma peça, a cada barra, uma nova nota, a cada nota uma nova frase, a cada frase uma nova melodia, é frenético, é intenso, para mim é assustador.
A duvida, ela me conforta, não existe fim na duvida, é uma verdade universal, é um meio, é um lugar de ninguém para gente como eu, ninguém, é o lugar de comunhão onde nada, e afirmo com propriedade, onde nada, é seu ou de ninguém.
Mas me cabe a necessidade de existir, essa dúvida, que por tantas vezes me salvou da repulsa da humanidade, agora se faz tocada por uma urgência de ser, de existir, e eu me mostro pelos olhos vermelhos e cansados, olhos de quem não quer, e de fato não deve parar para pensar, pois esta vida de existência, é por demais assustadora.
Minha vida, nunca foi de amores, talvez nunca venha a ser, pois sou, um ser do nada. Luto para viver de escolhas, luto para viver de amores, luto para viver, mas no momento, estou apenas tentando existir.
terça-feira, 28 de julho de 2009
In-verso
As mãos cansadas tremem,
O corpo pede calma, a alma perde tempo,
A quem devemos reprovar,
A mente enferma, ainda inquieta,
Divaga num vasto eco disforme,
Inda que se atenha a uma dor enorme,
A voz calada, some,
Grito que irrompe vazio,
Calado, surdo, cansado,
Em que se deve confiar,
Se a mente fraca, é a voz calada,
As mãos tremulas já não questionam mais,
O tempo pede alma, e o corpo ainda perde a calma,
A voz inda calada contenta,
Divaga no verso, reverso, inverso
Inda que me atenha a uma dor tão branda,
Inda que me atenha a uma dor
Inda que me atenha a algo.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Uma trasferência
Tenho isso como opinião própria, entretanto julgo valido tentar compartilhar com que seja interessado no assunto.
O fenômeno da transferência no processo analítico é, e digo com propriedade, a ferramenta pela qual se constrói a clinica. Para o entendimento deve-se pensar que, existe transferência em tudo, desde a interação entre analista e analisante até uma simples olhada desgostosa para uma poltrona velha largada no fundo da sala de estar. Fenômeno que foi chamado primeiramente por Freud, sendo amor transferencial pelo analista, se inscreve em cada relação onde necessariamente estará presento o sujeito.
A relação que liga o sujeito a um outro, engendra um percurso em que, há ai, uma relação discursiva entre um falante e um ouvinte, (lembrando que linguagem perpassa a simples expressão verbal da palavra) pois o laço que se forma em cada discurso compreende a noção de um movimento em sentido a um outro que é falante de si, e falado por seu semelhante. Essa ligação torna possível aquela velha coisinha que todos nós tempos e as mães fazem questão de vangloriar, a intuição.
Esta intuição, que prevê os acontecimentos, ao meu ver, é a expressão de que no laço transferencial existe esta tomada da fala do outro, que por talvez ironia, gera tal discurso a partir de uma instância que dentro de uma inabilidade do simbólico, agrega tal discurso ao valor de imagem.
Falando de imagem, me recordo sobre a grande sacada da clinica em psicanálise, primariamente pensado por Freud, se aprimorou em sua palavra através da leitura de Lacan. Esta, que é talvez agrande mãe da clinica psicanalítica, se deriva do conceito primário do amor transferencial, a ponto de se entender que, é necessário uma pequeno engano para que o discurso analítico aconteça. O que se chama suposto, é aquele que, como o próprio amor Lacaniano, é aquele que não é, não que isso seja uma injustiça ou uma malandragem, pois se constrói, e isso pode ser notado em todas as relações da vida cotidiana, a partir de uma demanda, esse engano se constrói a partir da relação imaginaria do discurso, que tende sempre a buscar um outro, na clinica esse outro, digamos que ele não faça questão de existir.
Se falarmos em discurso, o discurso do analista segundo a lógica Lacaniana, coloca o analista em uma posição em que a ele é suposto um saber, o saber do analista diga-se de passagem, é justamente o que de fato ele não é, pois este saber apenas lhe é conferido pela demanda do sujeito analisante, uma demanda imaginária, ou pode-se dizer a histerização do discurso. Então existe e é de fundamental importância que a transferência se instale em um processo analítico, pois o discurso histérico se dirige um mestre, imaginário que deve ser soberano, mas que não governe. Este contorno que ultrapassa os limites da relação analista analisante e dá forma ao que chamamos de fenômeno da associação livre, e sem a transferência acontecendo creio isso seria de fato impossível retirar a cura através da palavra.
Acredito que outras abordagens entendam que o terapeuta deve se colocar com um colaborador do processo terapêutico, e concordo até certo ponto que isso venha a desenvolver uma cura, mas devo relembras que, ao contrário do que rezam as críticas, a imparcialidade, do analista é uma ferramente que, efetivamente tem como objetivo livrar a condição de saber, pois seria no mínimo um erro não aceitar o fato de que existe um desejo na relação analista, analisante, que não é de ninguém por direito, essa fala que se perderia, carrega toda uma rede de significantes que, só poderiam ser desvendados através do discurso, que curiosamente só se constroi quando o sujeito, supõe um saber imaginário. Este supor quebra, aquilo que chamamos de repetição, trazendo os movimentos não percebidos do discurso, a uma ordem passivel de significação, pois é da ordem do simbólico que surge a cura.